sábado, 15 de setembro de 2012

TEMA 7 : O Reino do Congo



     Pedro lunardi  - nº 28
Rafaella Fraga - nº 29
Gustavo régio -  nº 10
Felipe queiroga - nº 08
Clara Andrade - nº 04



Reino do Congo e a Guerra do Paraguai! 

O Reino de Congo ou Império do Congo, foi um reino africano localizado no sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste da Angola, a Cabinda à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro-sul do Gabão.Durante seu processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses abriram contato com as várias culturas que já se mostravam consolidadas pelo litoral e outras partes do interior do continente africano. Em 1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido como Congo.


Fundado por Ntinu Wene, no século XIII, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Na sua máxima dimensão, estendia-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Congo, a leste, e do rio Oguwé, no atual Gabão, a norte, até ao rio Cuanza, a sul.


O império era governado por um monarca, o manicongo, consistia de nove províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos estados limítrofes, tais como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama. 


Nessa região se encontrava vários grupos da etnia banta, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.

Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A capital era M'Banza Kongo (cidade do Congo), rebatizada São Salvador do Congo após os primeiros contactos com os portugueses e a conversão do manicongo ao catolicismo no século XVI, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africano.


A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.


O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo. 



Guerra do Paraguai 

No século XIX, as nações americanas emancipadas após a crise do sistema colonial se lançaram ao desafio de estabelecerem a soberania política e econômica de seus territórios. Essa seria uma tarefa bastante difícil, pois passados séculos de dominação colonial, esses novos países teriam que enfrentar os desafios estabelecidos pelo capitalismo industrial e financeiro do período.

Segundo alguns estudiosos, o processo de independência das nações latino-americanas não significou o fim da subserviência política e da dependência econômica. Sob outros moldes, esses países ainda estavam presos a instituições corruptas e à antiga economia agroexportadora. Contrariando essa tendência geral, durante o século XIX, o Paraguai programou um conjunto de medidas que buscavam modernizar o país.



Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) o analfabetismo foi erradicado do país e várias fábricas foram instaladas com o subsídio estatal. Além disso, melhorou o abastecimento alimentício com uma reforma agrária que reestruturou a produção agrícola paraguaia ao dar insumos e materiais para que os camponeses produzissem. Esse conjunto de medidas melhorou a condição de vida da população e fez surgir uma indústria autônoma e competitiva.
No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de dar continuidade às conquistas dos governos anteriores. Nessa época, um dos grandes problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial.
Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia da Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Segundo alguns historiadores, essa travessia pela Bacia do Prata era responsável, vez ou outra, pela deflagração de inconvenientes diplomáticos entre os países envolvidos. Visando melhorar o desempenho de sua economia, Solano pretendia organizar um projeto de expansão territorial que lhe oferecesse uma saída para o mar. Dessa maneira, o governo paraguaio se voltou à produção de armamentos e a ampliação dos exércitos que seriam posteriormente usados em uma batalha expansionista.
No entanto, outra corrente historiográfica atribuiu o início da guerra aos interesses econômicos que a Inglaterra tinha na região. De acordo com essa perspectiva, o governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia.

Com isso, a Inglaterra procurava impedir o aparecimento de um concorrente comercial autônomo que servisse de modelo às demais nações latino-americana. Sob esse clima de tensão, a Argentina tentava dar apoio à consolidação de um novo governo no Uruguai favorável ao ressurgimento do antigo Vice Reinado da Prata, que englobava as regiões da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o Brasil era contra essa tendência, defendendo a livre navegação do Rio da Prata. Temendo esse outro projeto expansionista, posteriormente defendido por Solano López, o governo de Dom Pedro II decidiu interceder na política uruguaia.


Após invadir o Uruguai, retaliando os políticos uruguaios expansionistas, o governo brasileiro passou a ser hostilizado por Solano, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda. Com esse episódio, o Brasil decidiu declarar guerra ao Paraguai. A Inglaterra, favorável ao conflito, concedeu empréstimos e defendeu a entrada da Argentina e do Uruguai na guerra. Em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias. Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o patrocínio inglês da Tríplice Aliança.

Mesmo assim, as boas condições estruturais e o alto grau de organização dos exércitos paraguaios fizeram com que a guerra se arrastasse por cinco anos. Somente na série de batalhas acontecidas entre 1868 e 1869, que os exércitos da Tríplice Aliança garantiram a rendição paraguaia.
O saldo final da guerra foi desastroso. O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jovens adultos morta. O país sofreu uma enorme recessão econômica que empobreceu o Paraguai durante muito tempo. Com o final da guerra, o Brasil conservou suas posses na região da Prata.


Em contrapartida, o governo imperial contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais. A maior beneficiada com o conflito foi à Inglaterra, que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos. 



A economia do reino 

A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda. 

O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo. 



Efeito do trafico negreiro para a sociedade do Congo 


Os portugueses já utilizavam o africano escravizado como mão-de-obra nas plantações de açúcar nas ilhas do Atlântico (Madeira e Cabo Verde). A escravidão não era um tipo de relação social desconhecido na África. Em algumas sociedades hierarquizadas ela já existia, mas de forma diferenciada. Geralmente, o cativo era presa de guerra, propriedade coletiva, não podia ser vendido, e sua condição não era hereditária. Tratava-se de uma escravidão quase patriarcal, na qual o tráfico não tinha importância econômica. Com o estabelecimento de feitorias portuguesas no litoral africado, o negro cativo tornou-se objeto de troca comercial, isto é, uma mercadoria. Transformou-se assim em coisa. 

A partir desse momento, o tráfico de escravos emergiu como uma atividade necessária para atender à demanda crescente de mão-de-obra da economia açucareira brasileira. Se no início o tráfico foi realizado pelo Estado português, com o tempo os comerciantes assumiram o negócio e, após se fixarem solidamente no litoral africano, estabeleceram forte fluxo comercial entre a África e o Brasil, o que tornou o tráfico uma boa fonte de lucro e de acumulação de capital. Estima-se que o número de escravos que entraram no Brasil até o fim do tráfico negreiro, em 1850, girou em torno de 3,8 a 4 milhões de negros.



Com isso o reino do congo sofreu muito com o trafico negreiro. Ficou totalmente desestruturado, a população se resumia em mulheres e crianças, praticamente todos os homens foram comercializados e com isso as atividades econômicas foram afetadas e todo o reino sofreu com isso, e começou a ficar dependente de países maiores para continuar se mantendo e com isso acumulavam dividas intermináveis. Tudo se alterou economia, costumes, cultura, etc.



Divisão dos temas

    - Apresentar mapa com a localização do reino. (Pedro lunardi )
-     Pesquisar sobre a organização do Estado e apresentar suas características. (Rafaella Fraga)
-     Apresente um estudo sobre a economia do reino. (Gustavo régio)
-     Qual o efeito do tráfico negreiro para essa sociedade?(Felipe queiroga)
-     Qual o motivo da decadência e desagregação do reino? (Clara Andrade)

Um comentário: