quinta-feira, 13 de setembro de 2012

TEMA 9: China e Japão no século XIX


Fernando Rosa - 9
Rodrigo Salgueiro - 31
Igor Cezar - 13



Companhia da Índia Oriental Inglesa

A Companhia Inglesa das Índias Orientais (mais tarde chamada Companhia Britânica das Índias Orientais) foi uma  companhia majestática formada por comerciantes de Londes, em 1600, com o nome de “Company of Merchants of London Trading to the East Indies”, a quem a rainha Elizabeth I concedeu o monopólio do comércio com as “Índias orientais” por um período de 15 anos.
A Companhia Britânica das Índias Orientais tinha o monopólio da venda do chá nas colónias. Sem concorrência, ela vendia seu produto mais caro do que o chá contrabandeando da Holanda e vendido pelos comerciantes locais. Para combater a taxa sobre o chá e conseguir mais liberdade de comércio, alguns colonos iniciaram uma campanha, pedindo ao povo que consumisse o chá Holandês, mais caro mas sem impostos. O ponto alto da campanha foi a Festa do chá de Boston. Em 16 de dezembro de 1773, um grupo de colonos, disfarçados de índios Mohawk, abordou 3 barcos da Companhia, atirando 342 caixas de chá para as águas do porto de Boston.

Monopólio do Chá da China

Nos anos 1840, a China era o principal produtor e fornecedor de chá no mundo, apesar das tentativas de concorrência das plantações de Assam no nordeste da Índia, cultivadas pelos irmãos Bruce nos anos 1830. Infelizmente para os ingleses, a qualidade desse chá se revelou bem fraca para quem esperava rivalizar com os produtores chineses. Em 1834, a Companhia das Índias Orientais, a serviço da Coroa britânica desde 1599, perdeu seu monopólio sobre a importação do chá em benefício de comerciantes independentes. A autoprodução se tornou, assim, o principal objetivo desse gigante mercantil que controlava, em seu apogeu, no final do século XVIII, um quarto do comércio mundial. 
Guerras do Ópio

A Guerra do Ópio foi um conflito armado ocorrido entre a Grã-Bretanha e a China nos anos de 1839 a 1842 e 1856 a 1860.

Com o fim das Guerras Napoleônicas, todo o comércio marítimo se voltou para o Oriente, porém havia um problema: a China ainda mantinha algumas restrições em relação ao comércio com países estrangeiros.
A Grã-Bretanha, que por sua vez estava passando pela segunda Revolução Industrial, precisava cada vez mais de matérias-primas a baixos preços e um grande mercado consumidor para realizar a venda de seus produtos. E é ai que a China e a Índia desperta grande interesse por parte dos Britânicos pois ambos tinham uma grande população, o que significaria um grande mercado consumidor. 
A Índia se mostrava aberta a qualquer negócio estrangeiro, e pelo contrário a China era muito resistente, pelo menos no que diz respeito a compra de produtos Europeus, más vender seus produtos a esses países interessados ela não pensava duas vezes.

A China era uma grande produtora de seda, de porcelana e do chá, que era o produto que despertava maior interesse nos Britânicos. Em 1720 eles compraram cerca de 12.700 toneladas de chá dos Chineses, e em 1830 compraram cerca de 360 mil toneladas, entretanto os Chineses não tinham interesse algum nos produtos europeus, o que acarretava lucros muito pequenos aos Ingleses. 
Apenas um produto despertava grande interesse neles e por muitas vezes era ele que fazia com que o comercio com a China obtivesse certo lucro. Esse produto era o Ópio.
O Ópio é uma substancia entorpecente extraída da papoula, e causa dependência química em seus usuários. Era transportada ilegalmente pela Inglaterra para a China, e lá muitas vezes os Ingleses forçavam os Chineses a consumi-lo, o que provocava dependência e assim obtinham grande lucros e aumentava o volume do comercio.

Com isso, o Governo Chinês proíbe toda a transação da droga e os Ingleses ficam irritadíssimos (pois era um comércio que estava dando lucro), e acabam declarando guerra a China em 1839.
No mesmo ano, um Súdito Chinês foi assassinado por marinheiros Britânicos e o Comissário Imperial ordenou a expulsão de todos os Ingleses que estavam na cidade e confiscou cerca de 20 mil caixas de ópio que foi encontrado. Em 1840 o Chanceler Britânico, Lord Palmerston, enviou uma força de 16 navios de guerra para uma determinada região Chinesa que resultou no afundamento de boa parte dos navios Chineses, além do estado de sitio de Guangzhou e o bombardeamento da cidade de Nanquim.

Esse conflito vai terminar em 1842 com a assinatura do Tratado de Nanquim, o primeiro dos chamados “Tratados Desiguais”, pelo qual a China aceitou suprir a tudo que a Inglaterra queria, abrindo cinco portos ao comércio Britânico, pagar uma grande indenização de guerra e entregar a ilha de Hong Kong, que ficaria sob domínio Inglês por 100 anos.
Em 1856 desencadeia o que chamamos de “Segunda Guerra do Ópio”. Oficiais Chineses abordaram e revistaram um navio chamado Arrow, que tinha bandeira britânica. Isso desagrada muito a Inglaterra que dessa vez se alia a França e aplicam um ataque militar 1857. 

O governante Chinês nesse momento, continua com sua politica de intransigência, não querendo respeitar de forma alguma atos Ingleses. E mais uma vez a China sai derrotada. Dessa vez, onze portos Chineses seriam abertos ao comercio Ocidental. O governante Chinês tentou resistir, más com isso a capital Pequim foi ocupada, o obrigando a aceitar o “Tratado de Tianjin” que propunha a abertura das portas Chinesas para os estrangeiros, diplomatas estrangeiros seriam aceitos na China, permissão de missionários cristãos e a legalização do ópio.


Os motivos e consequências da Guerra Sino-japonesa de 1894:

Depois de dois séculos, a política japonesa Sakoku sob os shoguns do período Edo chegou ao fim quando o país foi forçado a abrir comércio pela intervenção americana em 1854. Os anos seguintes a Restauração Meiji de 1868 e a queda do Shogunato o Japão transformou-se de um sociedade feudal para um estado industrial moderno. O Japão havia enviado delegações e estudantes a todo o mundo, a fim de aprender e assimilar as artes e as ciências ocidentais, o que foi feito não só para evitar que o Japão caísse sob dominação estrangeira, mas também permitir que o Japão competisse em igualdade com as potências ocidentais.

A guerra inicia-se em agosto de 1894 quando os chineses bombardeiam os barcos japoneses. O Japão responde derrotando o adversário. No início do ano de 1895 invade também a Manchúria e a província de Chan-tung, tomando o porto Arthur e controlando o acesso marítimo e terrestre a Pequim. 

A paz é selada no ano de 1895 pelo Tratado de Shimonoseki. A China teve que reconhecer a independência coreana e pagar indenização de guerra ao Japão, além de dar territórios e abrir portos ao comércio do Japão. 

O acordo permite ao Japão o direito de ocupar a península de Liaodong (porto Arthur), no sul da Manchúria. Mas uma mediação conjunta da Rússia, França e Alemanha ordena ao Japão aceitar uma indenização em troca. 

A perseverança das ambições japonesas sobre a Coréia e as conseqüências contra a Rússia terminam por levar à Guerra Russo-Japonesa


Rainha-mãe Tzu-Hsi

O risco de esfacelamento territorial provoca na China uma severa reação interna e, durante o período conhecido como "a reforma dos cem dias", o governo inicia a modernização da administração, das Forças Armadas, da Justiça, do comércio e da indústria. Essas reformas produzem fortes contestações na burocracia governamental e levam a rainha-mãe, Tzu-hsi, afastada desde a deflagração da guerra com o Japão, a reassumir o poder com o apoio de um governo conservador. O imperador é mantido como virtual prisioneiro, enquanto parte das reformas administrativas é anulada. 
Tzu-hsi é radicalmente contra a modernização e ocidentalização da China e sua política nacionalista e xenófoba desemboca na Guerra dos Boxers, em 1900.  Tzu Hsi (1834-1908) foi escolhida entre inúmeras mulheres manchus para ser concubina ao imperador Xianfeng no século XIX na China durante a Dinastia Qing.
Em 1856, ela deu à luz o único herdeiro de sexo masculino de Xianfeng e foi por isso que ela elevou-se à categoria de Consorte Imperial Yi.

Após cinco anos, o imperador faleceu, deixando Tzu Hsi no poder em 1861. 
Ela reinou por um curto período e deixou a cidade, deixando os negócios de estado para seu filho, Tongzhi a cargo.Há boatos de que ela não se afastou totalmente do poder, seus espiões eunucos lhe traziam todas as informações que aconteciam.




O novo imperador Tongzhi faleceu bem cedo, em 1875, com 19 anos, devolvendo o poder a Tzu Hsi, que pos no trono um de seus sobrinhos, Guangxu, e continuou como regente da China d até 1908, quando morreu. Seu sucessor foi Xuantong.
Mais sobre a história dessa imperatriz pode ser lido no romance de Pearl S. Buck intitulado "Mulher Imperial".





Imperador Mutsuhito

Mutsuhito o imperador Meiji , Meiji Tennō, (Quioto, 3 de Novembro de 1852 - Tóquio, 30 de Julho de 1912) foi o 122º imperador do Japão na lista tradicional de sucessão, tendo reinado de 3 de fevereiro de 1867 até a data da sua morte, em 30 de Julho de 1912.
Tal como todos os Imperadores Japoneses, desde a sua morte, ele é referido pelo seu nome póstumo. Desde a sua morte, uma nova tradição de dar o nome póstumo, o mesmo nome da era coincidente com o seu reinado foi estabelecida. 

Tendo reinado na Era Meiji (Governo Iluminado), Mutsuhito ficou conhecido por Imperador Meiji.
Ao tempo do seu nascimento em 1852, o Japão era um país isolado do mundo, um estado feudal dominado pelo Shogunato Tokugawa e pelosDaimyo, que governavam os mais de 250 domínios descentralizados do país.Ao tempo da sua morte em 1912, o Japão tinha atravessado uma revolução política, social e industrial (Ver Restauração Meiji) e tinha emergido como uma das grandes potências mundiais.



Importância para a Modernização Do Reino

Em 3 de fevereiro de 1867, Mutsuhito (que passaria a ser conhecido como Imperador Meiji), então com dezesseis anos de idade, sucedeu ao seu pai, o Imperador Komei, e a nova era, a de Meiji (regime iluminado) foi proclamada. A restauração Meiji, que teve lugar em 1868, terminou com o sistema feudal de 256 anos dos Xogunato Tokugawa.
O último shogun, Tokugawa Yoshinobu, renunciou em 1867 e, em 1868, o império foi restaurado. 

Os exércitos dos feudos de Satsuma, Choshu e Tosa, que agora compunham as forças imperiais, dominaram os seguidores dos Tokugawa e, pouco depois, asseguraram a restauração Meiji.
O governo Meiji assegurou às potências internacionais que iria seguir os antigos tratados negociados pelo bakufu e anunciou que iria agir de acordo com a lei internacional. Mutsuhito selecionou o novo título para seu regime (Meiji), para marcar o início de uma nova era da história do Japão.



Referencias bibliográficas:
wikipedia/yahoo




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