sábado, 15 de setembro de 2012

TEMA 5: O Reino de Mali



Eduarda Nicolato - nº7
João Vitor Costa - nº15
Thamires - nº 32



Mapa do Reino de Mali


Mali, cujo nome oficial é República do Mali, é um país africano sem saída para o mar na África Ocidental. Mali é o sétimo maior país da África. Limita-se com sete países, a norte pela Argélia, a leste pelo Níger, a oeste pela Mauritânia e Senegal e ao sul pela Costa do Marfim, Guiné e Burkina Fasso. Seu tamanho é de 1.240.000 km². Sua população é estimada em cerca de 12 milhões de habitantes. Sua capital é Bamako.
Formada por oito regiões, o Mali tem fronteiras ao norte, no meio ao Deserto do Saara, enquanto a região sul, onde vive a maioria de seus habitantes, está próximo aos rios Níger e Senegal. Alguns dos recursos naturais em Mali são o ouro, o urânio e o sal. O atual território do Mali foi sede de três impérios da África Ocidental que controlava o comércio transaariano: o Império Gana, o Império Mali (que deu o nome de Mali ao país), e o Império Songhai.
 Em 1960, Mali conquistou a independência, juntamente com o Senegal, tornando-se a Federação do Mali. Um ano mais tarde, a Federação do Mali se dividiu em dois países: Mali e Senegal. Depois de um tempo em que havia apenas um partido político, um golpe em 1991 levou à escritura de uma nova Constituição e à criação do Mali como uma nação democrática, com um sistema pluripartidário. Quase a metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de um dólar por dia.

Economia Malinesa
O Mali é um dos países mais pobres do planeta. O salário médio anual é de 1.500 dólares. Entre 1992 e 1995, Mali implementou um programa de ajuste econômico que resultou no crescimento de sua economia e redução dos saldos negativos. O plano de aumento das condições socioeconômicas permitiu juntar Mali à Organização Mundial do Comércio em 31 de maio de 1995. O produto interno bruto(PIB) aumentou desde então. Em 2002, o PIB ascendeu a 3,4 bilhões de dólares, e aumentou para US$5,8 bilhões em 2005, resultando em uma taxa de crescimento anual de 17,6%, aproximadamente.
O algodão colhido é exportado do país e é exportado principalmente para o Senegal e Costa do Marfim. Durante 2002, 620.000 toneladas de algodão foram produzidas no país, mas os preços do cultivo diminuíram significativamente desde 2003. Além do algodão, Mali produz arroz, milho, legumes, rapé e colheitas de árvore. O ouro e o gado e a agricultura somam mais de 80% das exportações do Mali. 80% dos trabalhadores são empregados na agricultura, enquanto 15% trabalham no setor de serviços. No entanto, as variações sazonais deixaram sem emprego temporário os trabalhadores agrícolas.
Os principais parceiros comerciais do Mali são a Costa do Marfim, a França, a República Popular da China e a Bélgica.



Motivo da Decadência e Desagregação do Renino Mali

            A queda do República do Mali está relacionada às lutas intestinas pela posse do trono, o crescimento do Império de Gao e os levantes dos reinos vassalos. Os Peules iniciaram um movimento de resistência liderado por Djadjé no começo do século XV, ao mesmo tempo em que povos do Tekrur se associaram aos estados volofos, e as províncias do leste eram anexadas por Gao. Em 1490 o Gao já havia conquistado o Futa, o Toro, o Bundu e o Dyara. Nessa época, o Imperador do Mali tentou formar uma aliança com o rei João II de Portugal, mas as missões diplomáticas não chegaram à Europa. A investida das dinastias Askias de Gao fez com que o Mali se dissolvesse de vez, quando a capital do Mali foi ocupada em 1545. Em 1599 o domínio do Gao foi substituído pelo controle marroquino, e o Mansa Mahmud organizou uma nova resistência se aproveitando da situação, mas seus homens foram derrotados pelas armas de fogo dos marroquinos.

            Em meados do século XV dois acontecimentos contribuíram para a desagregação do império do Mali: a costa oeste foi atingida pelos portugueses, enquanto, a leste, era conquistada pelo Império de Songhai.


Referencia Bibliografica

TEMA 2: Reino de Cartago

Barbara Maiza - nº 3 [responsável por postar os trabalhos no blog]
Raquel Barbato - nº 30
Marcella Levy - nº 21
Michelle Freitas - nº25


 

No começo das guerras contra Cartago, Roma não era nada. Cem anos depois, estava controlando o mundo



Localização Geográfica (Mapa do Reino)



Foi o reino de Cartago quem transformou Roma em uma grande potência. Quando as duas cidades entraram em guerra pela primeira vez, Roma era um vilarejo metido a besta, que tinha acabado de dominar o resto da Itália e ainda estava formando um exército. Cartago era o centro do mundo. Seus navios controlavam o Mar Mediterrâneo, que era o único pedaço de oceano que realmente importava na época. Cem anos depois, quando o terceiro conflito acabou, Cartago tinha sido destruída, enquanto Roma estava pronta para conquistar o planeta.

Cartago foi o outro reino africano poderoso na Antiguidade. Situado no Golfo de Túnis, possuía cerca de 250 mil habitantes e chegou a dominar diversas regiões, inclusive parte da Ilha da Sicília e da Península Ibérica. De origem fenícia e comandada por poderosos comerciantes, o Reino de Cartago não resistiu ao expansionismo romano no Mediterrâneo, sendo derrotado e destruído nas Guerras Púnicas (264 a146 a.C.) 

Para entender essa história, precisamos voltar ao ano 264 a.C.. Fundada por fenícios na atual Tunísia, no norte da África, Cartago ia muito bem até Roma começar a crescer. O primeiro choque entre as duas cidades aconteceu numa disputa pelo controle da Sicília, que deu início à Primeira Guerra Púnica (o nome esquisito vem de punici, ou “fenícios”, como os romanos se referiam aos cartagineses). As primeiras lutas foram em terra, com a vitória de Roma. Os romanos passaram a dominar quase toda a Sicília, mas Cartago ainda controlava o mar. Vieram então as batalhas marítimas, vencidas novamente pelos romanos.


Disposta a acabar de vez com a guerra, Roma enviou um forte exército direto para a África em 256 a.C. Quase venceu, mas no final Régulo acabou tendo que recuar. Em 247 a.C., Amílcar Barca assumiu o comando das forças de Cartago e atacou cidades ao sul da Itália. Roma reagiu e conseguiu recuperar quase todas as posições na Sicília e assumir a supremacia do Mediterrâneo. Cartago só teve uma alternativa: assinar um tratado de paz. Mas o filho de Amílcar não esqueceria essa humilhação.

Depois da derrota, Cartago ocupou Espanha e Portugal disposta a se recuperar para voltar para a briga. A missão na Espanha foi confiada a Amílcar e, no ano 221 a.C., transferida a seu filho, Aníbal Barca. Aníbal começou logo a preparar uma nova guerra. Para penetrar na Itália, o novo líder apelou para o efeito-surpresa: em vez de viajar pelo mar, como qualquer um faria, resolveu invadir a Itália por terra. Acontece que existem os Alpes, uma cordilheira que protege o norte do país. Passar por ali era uma loucura sem tamanho, mas deu certo. Jogando em casa, os romanos só apanharam. Na batalha do lago Trasimeno, Aníbal criou uma armadilha espetacular: escondeu sua tropa em depressões cobertas pela névoa e atacou de surpresa.

Os romanos refugiaram-se nas montanhas, de onde passaram a fazer uma guerra de desgaste, com ataques a batalhões isolados e a grupos responsáveis pelo suprimento de armas e alimento. Os cartagineses dominavam a região, mas decidiram não avançar até Roma. Esse foi o maior erro de Aníbal: não destruir o império enquanto podia. O problema é que o general de Cartago era um cavalheiro. Naquela época, o reino que perdesse grandes batalhas tinha a obrigação de aceitar a derrota definitiva. Só que Roma era teimosa.
Teimosa mesmo. Além de não pedir trégua, ainda tentou reagir de novo, desta vez na região de Canas. 
Foi mais uma humilhação: Aníbal organizou as tropas para que o sol que nascia atrás de seus homens atrapalhasse a visão dos inimigos.

Fez mais. Agrupou a infantaria mais fraca no meio, com uma poderosa cavalaria ao redor. No começo, os romanos pareciam ganhar fácil. Foi aí que caíram na armadilha de Aníbal: o centro cartaginês recuou, enquanto a cavalaria começou a atacar. Prensados uns contra os outros, os romanos mal conseguiam sacar as espadas. Foi um massacre.

E quem disse que os romanos desistiram? Com muita paciência e força de vontade, eles aproveitaram o cansaço das tropas adversárias para retomar a Sicília e o resto da Itália. Foi aí que entrou em cena o general romano Cipião. Primeiro ele atacou de surpresa a Espanha, onde estavam as bases do inimigo. Depois foi direto para Cartago. Aníbal teve de abandonar a Itália para defender sua terra. Esse lance final da guerra começou em 204 a.C. e terminou dois anos depois, com a batalha de Zamma, a primeira derrota de Aníbal. Então, Roma obrigou Cartago a destruir todos os seus navios de guerra.


Cartago é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do Lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia.
Neste local o mar Mediterrâneo se estreita, entre a costa africana e a Sicília.
Local de clima agradável, o deserto impedia qualquer ataque vindo do interior. Por mar, nem pensar, porque seria enfrentar os maiores navegantes da época.
Os fenícios escolhiam os locais para fundar seus entrepostos baseados na estratégia comercial. O local deveria ser de fácil acesso por mar, ter portos protegidos em baías amplas e ter facilidade de acesso a matérias primas e pontos de venda.


Quem foram os vândalos

Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre.

O meio irmão de Gunderico, Genserico (foto abaixo), começou construindo uma esquadra naval vândala. Em 429, depois de se tornar rei, Genserico cruzou o estreito de Gibraltar e se deslocou a leste até Cartago. 
Em 435, os romanos lhes concederam alguns territórios no norte da África, e já em 439 Cartago caiu ante os vândalos. Genserico então transformou o reino dos vândalos e alanos num estado poderoso (a capital era Saldae, atual Bejaia, no norte da Argélia), conquistando a Sicília, a Sardenha, a Córsega e as Ilhas Baleares



(Parte Marcella Levy, quem foram os vândalos) 

Os Vândalos, originalmente europeus, ocuparam um reino no norte de África. No século V, invadiram o Império Romano. Hoje em dia, a palavra vândalo é usada para designar qualquer pessoa que destrói as coisas sem razão.
Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos devem ter dado seu nome à região autônoma da Andaluzia (originalmente Vandalusia e depois Al-Andalus), na Espanha moderna, onde eles se fixaram temporariamente antes de serem empurrados para a África.
O godo Teodorico o Grande, rei dos ostrogodos e regente dos visigodos, se aliou por casamento com os vândalos, assim como com os burgúndios e com francos sob Clóvis I.
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Cartago, a Grande

A data tradicionalmente aceita para a fundação de Cartago é 814 a.C. Era uma das mais importantes colônias dos Fenícios. A partir do século VIII, Cartago substituiu Tiro na organização do tráfego marítimo e no estabelecimento de pontos comerciais estratégicos no Ocidente.

Exercia assim um domínio sobre o mar Mediterrâneo e geria o antigo império colonial de Tiro como verdadeira potência militar. Saliente-se a importância dos navegadores fenícios, cujos vestígios encontrados precisamente em Cartago datam de cerca de 730 a.C..

Administrativamente, encontrava-se organizada por um tipo de governo estabelecido em dois sufetes, por um Conselho de Anciãos e por uma Assembleia do Povo. Possuía todas as condições para se tornar numa grande potência. A sua política internacional foi marcada pela luta levada a cabo relativamente à posse das ilhas da Sardenha e da Sicília.  




As rotas transaarianas

Para os mercadores muçulmanos, o deserto do Saara era como um oceano, com “portos comerciais” nos limites sul e norte, onde estabeleceram colônias e quartéis. Transportaavam objetos de valor, como lâmpadas de óleo, vidro, cerâmica fina, conchas de cauri e sal para os territórios da África negra ao sul do Saara. Em troca obtinham peles, escravos, produtos da selva e da savana, como marfim, ébano e ouro.

A escassez de água e os contínuos ataques às caravanas não impediram que os comerciantes muçulmanos desenvolvessem um intenso comércio.
 






TEMA 1 : África: nosso lugar de origem



Amanda de Souza Alves - nº1
Natália Ângela de Brito - nº 26
Walmara Ferreira Araújo - nº 34




Sahelanthropus tchadensis

É uma espécie de hominídeo descrita em 19 de julho de 2001 por Michel Brunet, com base num crânio que pode ser o mais antigo da linhagem humana, de mais ou menos 7 milhões de anos e pode ser a representação de um "elo perdido" que separou a linhagem humana da linhagem dos chimpanzés. Foi batizado  de Toumai.





O que levou os especialistas a concluir que o continente africano foi o berço da humanidade, e dali nossa espécie se espalhou por outros continentes?

O continente africano, palco exclusivo dos processos interligados de hominização e de sapienização, é o único lugar do mundo onde se encontram, em perfeita sequência geológica, e acompanhados pelas indústrias líticas ou metalúrgicas correspondentes, todos os indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais hominídeos. A humanidade, antiga e moderna, desenvolveu-se primeiro na África e logo, progressivamente e por levas sucessivas, foi povoando outros continentes.



A humanidade desenvolveu-se primeiro no continente africano e, progressivamente e por levas sucessivas, foi povoando o planeta inteiro. De lá, partiram os habitantes que constituíram os primeiros núcleos urbanos na Europa mediterrânea, América, Ásia e Oceania.





SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE BLOMBOS

Blombos é uma caverna em um penhasco de calcarenito calcário, na costa sul do Cabo na África do Sul. É um sítio arqueológico que ficou famoso pela descoberta de pedaços de ocre, com 75.000 anos de idade, gravados com desenhos abstratos. Desde 1991, os pesquisadores sul-africanos liderados por Christopher Henshilwood vêm trabalhando no local. Incluem artefatos encontrados lá, ossos sofisticados, ferramentas de pedra, ossos de peixes e uma abundância de ocre usado. 



Beberes

Os berberes são povos nômades, quem viviam em tribos espalhadas que cobriam uma boa parte do deserto do Saara, principalmente na região onde hoje temos a Mauritânia, o Marrocos, a Argélia, o Mali, a Líbia e até mesmo a Tunísia. São conhecidos como, mercadores do deserto, e se não fosse por eles, as rotas comercias da África subsaariana com o Oriente Médio e até mesmo com a Europa demorariam séculos para se concretizar. Eles percorriam grandes distâncias no deserto, utilizavam como meio de transporte camelos e dromedalhos, e assim transportavam e comercializavam de tudo, desde peles de animais selvagens abatidos nas florestas e savanas, marfim, cerâmicas, lanças, pedras preciosas e até escravos, capturados depois de batalhas entre as tribos subsaarianas e vendidos no Egito, na Núbia e no Oriente Médio. Faziam a ponte entre as mercadorias produzidas pelos ashantis, bantos, songhais, haussas e bambaras, entre outros povos subsaarianos e da região do sahel

O povo berbere em sua maioria é de religião muçulmana. Eles são classificados pelos antropólogos como um conjunto de povos nômades que tem características sociais e linguísticas bem semelhantes,  são divididos de acordo com os dialetos específicos de cada grupo. Os três principais grupos berberes – que são também grupos linguísticos – são os tuaregues, os tamazights e os chleuhs. Temos também os chamados berberes dos oásis, os chaouias, os rifains e os kabyles. Atualmente a cultura berbere continua viva na Argélia e no Marrocos.




Mercado de Marrocos, abastecido pelos Berberes



Tuaregues

Os tuaregues  fazem parte do  povo berbere e são constituído por pastores seminômades, agricultores e comerciantes. Antigamente controlavam as rotas das caravanas no deserto do Saara. São  muçulmanos, e estão espalhados  pelo sul da Argélia, norte do Mali, Níger, sudoeste da Líbia, Chade e, em menor número, em Burkina Faso e leste da Nigéria. Falam línguas berberes e preservaram uma escrita peculiar, o tifinagh.Estima-se que existam entre 1 e 1,5 milhões nos vários países que partilham aquele deserto.





Império Ashanti

O império Ashanti estendia-se da Gana central para o Togo dos dias atuais e Costa do Marfim.  Eles foram um poderoso povo, militarista, e altamente disciplinado da África Ocidental. A antiga Ashanti migrou das imediações da região noroeste do Rio Níger após a queda do Império Gana, em 1200. Evidência disto está nas cortes reais dos reis Akan, cujas procissões e as cerimônias deixaram alguns vestígios.
 Por volta do século XIII dC, o Ashanti e vários outros povos Akan migraram no cinturão de floresta da Gana atual e estabeleceram pequenos estados no país montanhoso em volta da Kumasi atual. 
Durante o período do Império Mali, o Ashanti e o povo Akan em geral, ficaram ricos pelo comércio de ouro extraído do seu território. No início da história Ashanti, este ouro foi negociado com os importantes impérios de Gana e Mali. 
Alguns historiadores  dizem que os Ashanti são os descendentes de etíopes . Sua  organização política centrada em vários clãs, cada uma chefiada por um chefe supremo. Hoje, a monarquia Ashanti continua como um dos estados tradicionais constitucionalmente protegidos, sub-nacional dentro da República de Gana




 Povo Iorubá


As lendas contam que Ilé-Ifé teria sido o próprio berço da humanidade. Ali Todos os povos e reinos descenderiam do deus-rei Odudua, fundador da cidade sagrada. Outra lenda diz que Odudua seria o condutor de uma gente vinda do Leste.Após a fundação da cidade sagrada o povo teria se espalhado pela região e tomou forma final por volta do final do primeiro milênio. Possível época da fundação de Oyo, capital política dos iorubas.



As comunidades iorubas que se desenvolveram principalmente no sudeste da atual Nigéria constituíram um dos grandes centros civilizatórios da Guiné e chegaram a influenciar outras civilizações da região, como o reino de Benin. Esta irradiação cultural não se restringiu apenas ao continente africano.

A maioria dos iorubás vivem em grande parte no sudoeste da Nigéria; também há comunidades de iorubás significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil. Os iorubás são o principal grupo étnico nos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun, e Oyo.

Milhares de iorubas escravizados foram desembarcados no Brasil, fecundando a cultura e a história do nosso país.

A maioria dos iorubás são cristãos, das igrejas Anglicana, Católica, Pentecostal, Metodista. Nessas comunidades tem uma comunidade artesanal muito intensa, criando arte contemporânea e tradicional.



ÁFRICA SUBSAARIANA


Corresponde à região do continente africano a sul do Deserto do Saara, ou seja, aos países que não fazem parte do Norte da África.



POVO BANTO

Os bantos são um grupo etnolinguístico localizado principalmente na África subsaariana. Embora ainda não existam informações precisas, estima-se que por volta de 2000 a.C., os primeiros povos chamados de bantos partiram do sudeste da atual Nigéria e se expandiram por todo o sul da África. Atualmente, localizam-se desde Camarões até à África do Sul e ao oceano Índico, e pertencem à mesma família linguística, a das línguas bantas (a qual, por sua vez pertence à família linguística nigero-congolesa), e partilham em muitos casos costumes comuns.



África Subsaariana
Três fases de expansão dos Povos Bantos



Bibliografia

www.suapesquisa.com
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000318.pdf
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=20629
archaeology.about.com/cs/humanorigins/a/blombos.htm
http://www.folcloreartebrasil.com.br/estudos/bantos.html
http://www.orixas.ifatola.com/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=58




TEMA 7 : O Reino do Congo



     Pedro lunardi  - nº 28
Rafaella Fraga - nº 29
Gustavo régio -  nº 10
Felipe queiroga - nº 08
Clara Andrade - nº 04



Reino do Congo e a Guerra do Paraguai! 

O Reino de Congo ou Império do Congo, foi um reino africano localizado no sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste da Angola, a Cabinda à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro-sul do Gabão.Durante seu processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses abriram contato com as várias culturas que já se mostravam consolidadas pelo litoral e outras partes do interior do continente africano. Em 1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido como Congo.


Fundado por Ntinu Wene, no século XIII, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Na sua máxima dimensão, estendia-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Congo, a leste, e do rio Oguwé, no atual Gabão, a norte, até ao rio Cuanza, a sul.


O império era governado por um monarca, o manicongo, consistia de nove províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos estados limítrofes, tais como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama. 


Nessa região se encontrava vários grupos da etnia banta, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.

Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A capital era M'Banza Kongo (cidade do Congo), rebatizada São Salvador do Congo após os primeiros contactos com os portugueses e a conversão do manicongo ao catolicismo no século XVI, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africano.


A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.


O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo. 



Guerra do Paraguai 

No século XIX, as nações americanas emancipadas após a crise do sistema colonial se lançaram ao desafio de estabelecerem a soberania política e econômica de seus territórios. Essa seria uma tarefa bastante difícil, pois passados séculos de dominação colonial, esses novos países teriam que enfrentar os desafios estabelecidos pelo capitalismo industrial e financeiro do período.

Segundo alguns estudiosos, o processo de independência das nações latino-americanas não significou o fim da subserviência política e da dependência econômica. Sob outros moldes, esses países ainda estavam presos a instituições corruptas e à antiga economia agroexportadora. Contrariando essa tendência geral, durante o século XIX, o Paraguai programou um conjunto de medidas que buscavam modernizar o país.



Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) o analfabetismo foi erradicado do país e várias fábricas foram instaladas com o subsídio estatal. Além disso, melhorou o abastecimento alimentício com uma reforma agrária que reestruturou a produção agrícola paraguaia ao dar insumos e materiais para que os camponeses produzissem. Esse conjunto de medidas melhorou a condição de vida da população e fez surgir uma indústria autônoma e competitiva.
No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de dar continuidade às conquistas dos governos anteriores. Nessa época, um dos grandes problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial.
Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia da Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Segundo alguns historiadores, essa travessia pela Bacia do Prata era responsável, vez ou outra, pela deflagração de inconvenientes diplomáticos entre os países envolvidos. Visando melhorar o desempenho de sua economia, Solano pretendia organizar um projeto de expansão territorial que lhe oferecesse uma saída para o mar. Dessa maneira, o governo paraguaio se voltou à produção de armamentos e a ampliação dos exércitos que seriam posteriormente usados em uma batalha expansionista.
No entanto, outra corrente historiográfica atribuiu o início da guerra aos interesses econômicos que a Inglaterra tinha na região. De acordo com essa perspectiva, o governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia.

Com isso, a Inglaterra procurava impedir o aparecimento de um concorrente comercial autônomo que servisse de modelo às demais nações latino-americana. Sob esse clima de tensão, a Argentina tentava dar apoio à consolidação de um novo governo no Uruguai favorável ao ressurgimento do antigo Vice Reinado da Prata, que englobava as regiões da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o Brasil era contra essa tendência, defendendo a livre navegação do Rio da Prata. Temendo esse outro projeto expansionista, posteriormente defendido por Solano López, o governo de Dom Pedro II decidiu interceder na política uruguaia.


Após invadir o Uruguai, retaliando os políticos uruguaios expansionistas, o governo brasileiro passou a ser hostilizado por Solano, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda. Com esse episódio, o Brasil decidiu declarar guerra ao Paraguai. A Inglaterra, favorável ao conflito, concedeu empréstimos e defendeu a entrada da Argentina e do Uruguai na guerra. Em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias. Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o patrocínio inglês da Tríplice Aliança.

Mesmo assim, as boas condições estruturais e o alto grau de organização dos exércitos paraguaios fizeram com que a guerra se arrastasse por cinco anos. Somente na série de batalhas acontecidas entre 1868 e 1869, que os exércitos da Tríplice Aliança garantiram a rendição paraguaia.
O saldo final da guerra foi desastroso. O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jovens adultos morta. O país sofreu uma enorme recessão econômica que empobreceu o Paraguai durante muito tempo. Com o final da guerra, o Brasil conservou suas posses na região da Prata.


Em contrapartida, o governo imperial contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais. A maior beneficiada com o conflito foi à Inglaterra, que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos. 



A economia do reino 

A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda. 

O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo. 



Efeito do trafico negreiro para a sociedade do Congo 


Os portugueses já utilizavam o africano escravizado como mão-de-obra nas plantações de açúcar nas ilhas do Atlântico (Madeira e Cabo Verde). A escravidão não era um tipo de relação social desconhecido na África. Em algumas sociedades hierarquizadas ela já existia, mas de forma diferenciada. Geralmente, o cativo era presa de guerra, propriedade coletiva, não podia ser vendido, e sua condição não era hereditária. Tratava-se de uma escravidão quase patriarcal, na qual o tráfico não tinha importância econômica. Com o estabelecimento de feitorias portuguesas no litoral africado, o negro cativo tornou-se objeto de troca comercial, isto é, uma mercadoria. Transformou-se assim em coisa. 

A partir desse momento, o tráfico de escravos emergiu como uma atividade necessária para atender à demanda crescente de mão-de-obra da economia açucareira brasileira. Se no início o tráfico foi realizado pelo Estado português, com o tempo os comerciantes assumiram o negócio e, após se fixarem solidamente no litoral africano, estabeleceram forte fluxo comercial entre a África e o Brasil, o que tornou o tráfico uma boa fonte de lucro e de acumulação de capital. Estima-se que o número de escravos que entraram no Brasil até o fim do tráfico negreiro, em 1850, girou em torno de 3,8 a 4 milhões de negros.



Com isso o reino do congo sofreu muito com o trafico negreiro. Ficou totalmente desestruturado, a população se resumia em mulheres e crianças, praticamente todos os homens foram comercializados e com isso as atividades econômicas foram afetadas e todo o reino sofreu com isso, e começou a ficar dependente de países maiores para continuar se mantendo e com isso acumulavam dividas intermináveis. Tudo se alterou economia, costumes, cultura, etc.



Divisão dos temas

    - Apresentar mapa com a localização do reino. (Pedro lunardi )
-     Pesquisar sobre a organização do Estado e apresentar suas características. (Rafaella Fraga)
-     Apresente um estudo sobre a economia do reino. (Gustavo régio)
-     Qual o efeito do tráfico negreiro para essa sociedade?(Felipe queiroga)
-     Qual o motivo da decadência e desagregação do reino? (Clara Andrade)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

TEMA 4 : Reino de Gana



Thiago Pereira - 33
Gustavo Gomes - 35
Igor Souza - 12
José Belloni - 16



Localização do Imperio

O Império de Gana localizou-se na região Sahelo-sudanesa. O Sahel é uma área entre o deserto do Saara e as florestas tropicais. No século IV, o período em que se formaram os Estados Nacionais, era uma área maior. Os soninquês, por exemplo, habitavam uma área saheliana que hoje já foi tomada pelo deserto. Isso porque, há 10 mil anos, uma parte relativamente pequena de deserto começou a se expandir e tomar as proporções gigantescas que o Saara tem hoje. 
O Império de Gana surgiu por volta do século IV como Estado centralizado. 
As fronteiras ocidentais seguem a linha do rio Senegal; as orientais perto de Tombuctu; embaixo são delimitadas pelo rio Níger e acima pela linha de Tebferilla.  
Costuma-se dizer que a origem do Império Gana remonta aos soninquês.
O soninquê é um povo que habitou o Saara Ocidental antes dessas áreas se desertificarem - antes de Cristo. Ki-Zerbo fala da hipótese descrita no Tarik al Fettach, que Gana teria sido originada por uma dinastia de príncipes brancos e que os soninquês teriam tomado o controle do Império quando de tanto se "cruzarem" uma dinastia puramente negra surgiu.



Organização do Estado do Gana

Tinha como forma de governo a monarquia, em que o chefe de estado mantém no cargo até a morte ou a abdicação, sendo normalmente um regime hereditário. O chefe de estado dessa forma de governo recebe o nome de monarca e pode também muitas vezes ser o chefe do governo. Para tratar da organização política de Gana, é importante frisar alguns conceitos, como o de Estado, o qual, segundo o Dicionário Aurélio, seria um povo que ocupa determinado território, sendo dirigido por um governo próprio - a idéia de Estado estaria ligada à de nação soberana ou divisão territorial. 
O Império seria um governo com influência dominadora. Império, visto sob a perspectiva romana, estaria associado à expansão territorial. As principais línguas o soninquê e o mandês, ou mandê, são conhecidas como línguas  faladas na África ocidental.


Economia de Gana


A introdução do camelo, que precedeu os muçulmanos e o Islã em vários séculos, trouxe uma mudança gradual no comércio e, pela primeira vez, o ouro, marfim, sal e os recursos da região puderam ser enviados ao norte e ao leste para o norte da África,Oriente Médio e 
Europa, em troca de bens manufaturados. O império enriqueceu com o comércio trans-saariano em ouro e sal. Este comércio produziu um superávit crescente, permitindo maiores centros urbanos. Também incentivou a expansão territorial para ganhar controle sobre as rotas de comércio. A primeira menção escrita do reino vem na língua árabe e fontes de algum tempo após a conquista do norte da África pelos muçulmanos, quando geógrafos começaram a compilar notas do mundo conhecido pelo Islã em torno de 800. As fontes para os períodos anteriores são muito imparciais quanto ao seu governo, sociedade ou cultura, embora elas descrevam a sua localização e observem as suas relações comerciais. O que está claro, é que o poder imperial era devido principalmente à riqueza em ouro. E a introdução do camelo no comércio trans-saariano impulsionou a quantidade de mercadorias que podiam ser transportados A maior parte do nosso conhecimento do império do Gana vem de escritores árabes. Al Hamdani, por exemplo, descreve o Gana como tendo as minas mais ricas de ouro na terra, riqueza de Gana era também explicada miticamente através da história de Biida, a serpente negra. Esta serpente exigia um sacrifício anual em troca de 
garantir a prosperidade do reino. 


Rotas Comerciais





Relação com os muçulmanos


O ritmo dos contatos transaarianos incrementou-se no século VIII d.C. quando os mercadores muçulmanos vindos do litoral do norte da África começaram a penetrar nas regiões do Subsaara.
 Do século XI ao XVI, as relações comerciais estabelecem-se entre o Sudão e o Norte de África.Estreita ligação da Península Ibérica com a África e através do
Islão garantiu um fluxo de ouro quase ininterruptamente durante boa parte do período medieval. O ouro era principalmente extraído de jazidas situadas na África ocidental. Em torno de 1350, pelo menos dois terços da produção mundial de ouro vinham da África Ocidental. Ele era encaminhado através do Saara.




O motivo da decadência e desagregação do reino de Gana

O declínio do Império de Gana ainda não é totalmente conhecido, sendo que a versão mais popular é a da invasão Almorávida (povos bérberes muçulmanos vindos do atual Marrocos) em 1076. Atualmente, ainda acredita-se que os almorávidas tenham um papel predominante na decadência de Gana, mas hoje também é reconhecido o fato da desagregação deste grande império em vários outros reinos menores e as disputas internas como fatores determinantes em sua extinção.